Resenha: O menino do pijama listrado

Depois do filme, um comentário comparando as versões em papel e película…

Um olhar “inocente” sobre os campos de concentração

Andreia Santana

Li O menino do pijama listrado em menos de 12 horas. Não dá para largar o livro depois que você começa, simples assim. Ambientado na II Guerra Mundial, um tema sobre o qual tenho grande curiosidade, o livro é um poema. Triste e ao mesmo tempo belo. Comovente, mas nem um pouco piegas. A infância é mostrada em toda a sua inocência, mas não é uma infância subestimada. É a inocência de descobrir o mundo, questioná-lo, chocar-se, um não compreender que guarda uma compreensão intuitiva, inconsciente.

John Boyne é um autor que eu não conhecia e antes de ler o livro, assisti ao filme, em 2009. Após conhecer a história original, afirmo ter visto uma das melhores adaptações de um livro para o cinema nos últimos anos. Do elenco à forma de tratar a história, o filme teve um cuidado e um respeito com o livro que há muito não vejo no cinema.

Conversando com algumas pessoas que também viram o filme, mas que na ocasião não tinham lido ainda a obra (como eu) surgiu o questionamento sobre o desfecho da narrativa. Sem antecipar aqui o que acontece, digo apenas que acredito que aquele final era necessário para sustentar a história construída desde o início. É o mesmo desfecho do livro e por mais que doa, não poderia haver outro.

Particularmente, gosto de finais que não fazem concessões à emotividade e que por isso, não sacrificam a coerência de uma boa história. Assistindo aos extras do filme, vi uma entrevista com o diretor Mark Herman, em que ele traduz muito bem minha impressão tanto da obra em papel quanto da sua transposição em película: “não é uma produção sobre a II Guerra Mundial, o conflito é o pano de fundo para mostrar a história de uma família alemã e das consequências do nazismo, muitas trágicas, para a estrutura familiar como um todo”.

Diria ainda que é um livro (e um filme, agora não dá para dissociar um do outro) sobre a perda da inocência diante de um flagelo como foi esta guerra em particular. Se pensarmos sob o ponto de vista sociológico (levando em conta o modelo adotado pela nossa sociedade), em que a família é o primeiro núcleo ao qual somos apresentados, abalos aí, nesta base, comprometem toda a estrutura sobre a qual a nossa sociedade é estruturada, comprometem principalmente a ideia de civilização como a linha que separa o animal humano da barbárie.

Admiro os livros e os filmes que me colocam para pensar nessas questões. São instigantes, provocadores na medida em que nos levam a reavaliar conceitos. Sem pretensões de construir uma crítica especializada, meu envolvimento passional com os livros e os filmes não permite tal reflexão, daí ter desistido de virar “crítica” na estrita tradução, o que posso dizer de mais técnico sobre O menino do pijama listrado é que o filme tem uma fotografia que nos remete à década de 40 do nazifascismo alemão. A luz é muito limpa, as cores esmaecidas, como que envoltas em camadas discretas de cinza. Mais do que as roupas e carros de época, o que nos transporta para a Berlim nazista é a cor e a luz. O roteiro também é enxuto, sem grandes dramatizações, é um cotidiano de 70 anos atrás, envolto em situações que se por um lado tiveram repercussões mundiais até hoje, por outro também foi marcado por centenas de tragédias familiares.

Os atores, principalmente as duas crianças protagonistas, são de uma correção e de uma entrega aos seus papeis que poucas vezes vi em meninos tão pequenos. Parecem anjos caídos em meio ao caos. O olhar dos dois é qualquer coisa de desconcertante. E ambos tinham só nove anos na época (o filme é de 2008 e o livro de 2007). Os atores adultos, de forma muito digna, se colocam na posição de coadjuvantes para que aquelas duas crianças conduzam a narrativa. No livro, os adultos são os coadjuvantes, sempre vistos e interpretados por Bruno e por Schmuel. O filme me emocionou, assim como o livro, mas foi uma emoção diferente, uma emoção que nasce do eterno desejo humano de contrariar o destino, mesmo quando ele teimosamente recusa-se a mudar.

Já falando especificamente do livro, trata-se da tradução de tudo isso aí acima só que transposto para o reino das palavras. A narrativa simples, poética e delicada de John Boyne tem gosto, tem cheiro e tem cor. Os diálogos entre Bruno e Shmuel, respectivamente o filho de um comandante nazista e um menino judeu preso em um campo de concentração, são de um lirismo e de uma pureza de fazer chorar, mas também de fazer rir justamente pela inocência que sabemos não existir mais no mundo de hoje, 70 anos depois. Aquele grau de fantasia pertencia às crianças de um outro tempo e nos deixa, a nós adultos, muito nostálgicos. Nostalgia não da tragédia da vida dessas duas crianças, mas uma saudade infinita de um tempo que somos levados a acreditar que era mais puro.

Uma sinopse: O menino do pijama listrado conta a história da amizade entre Bruno, filho de um comandante da elite nazista, diretor de um campo de concentração, e Schmuel, um menino judeu prisioneiro neste campo. Os dois tem nove anos e até antes da insensatez da guerra, levavam vidas muito parecidas, o que fica claro pelos contrastes sutis nos diálogos das crianças e na própria realidade do campo e da casa de Bruno. O campo aliás, só aparece descrito com contornos indefinidos, visto pelos olhos de Bruno, que a princípio, acredita que o local visto da janela de seu quarto é uma fazenda onde vivem fazendeiros estranhos, que passam o dia vestindo pijamas listrados. A dureza do lugar é revelada aos poucos, quase como um jogo de esconde-esconde, em que Bruno compreende a natureza do trabalho de seu pai.

Um curiosidade: Um dado histórico muito interessante adotado na versão em filme é a utilização de trechos de um antigo vídeo de propaganda nazista, rodado em 1941, que mostrava os campos de concentração como beneméritas cidades construídas por Hitler para presentear os judeus, onde eles viviam felizes na sua segregação!! Era esse tipo de filme que passava nos cinemas alemães, numa forma de convencer a classe média do país de que a “higienização” proposta pelo III Reich era benéfica para todos! Não que todos os alemães fossem inocentes das atrocidades cometidas por Hitler, mas muitos, por medo, omissão, preconceito ou por falta de vontade de pensar por conta própria, engoliam a propaganda oficial. Sabiam a verdade de forma inconsciente, mas preferiam não vê-la.

90 pensamentos sobre “Resenha: O menino do pijama listrado

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  3. “A água que não corre forma um pântano; a mente que não trabalha forma um tolo”.
    Victor Hugo
    Abraços e sucesso!

  4. Eu não acredito que educação tenha relação com submissão ou docilidade,como vc diz. Ao contrário , o fato de ser equilibrado (não que você não seja) na resposta ao seus leitores e não ser agressiva ao responde-los demonstra que a doutora tem bagagem intelectual para argumentar .Ate porque a senhora é uma profissional da área de comunicação E ESTÁ FALANDO COM UM PÚBLICO JUVENIL que no máximo deve estar no ensino médio.

    • Vicky (ou Amanda)
      Usar letras maiúsculas fere a etiqueta virtual e significa que você está gritando com o interlocutor. E quem grita, na minha opinião, não tem nenhuma moral para criticar a falta de docilidade dos outros. Eu nem sequer te conheço, mas por respeito, liberei seu comentário no meu blog, mesmo você tendo a nítida intenção de me ofender. Já passei da idade de temer cyberbulling, só pra deixar registrado. Além disso, não sou doutora, nunca disse para ninguém que eu era doutora, não vendo trabalhos escolares, não dou permissão para que copiem meu material, não “vendi” meu blog como sendo o melhor de literatura da rede, eu apenas sigo minha vida, escrevo para me divertir e para compartilhar ideias com gente bacana, lê quem quer, quem não quer, não lê. Não ganho dinheiro com o blog, não tenho anunciantes ou patrocinadores. Não entendi porque minhas respostas para outras pessoas que foram abusadas e tentaram abusar do meu material te ofende tanto! Sou como já disse, apenas uma jornalista que gosta de escrever e mantém um blog pessoal, sem nenhuma obrigação de fazer o dever de casa de adolescentes folgados! Eu já fui adolescente e já estive no ensino médio, então conheço bem esse público que visita o blog sem querer, ao fazer pesquisa escolar no google. No meu tempo de estudante não havia google, então os estudiosos da sala iam para as bibliotecas públicas ler vários livros e fazer resumos, daí os folgados que passavam a tarde na praia, apareciam no dia seguinte na escola pedindo para os colegas colocarem seus nomes nos trabalhos que eles não fizeram! Olha, no meu trabalho não botava o nome de folgado nenhum, porque eu sabia a dificuldade dos meus pais para me educar e não ia desrespeitá-los dando boa vida pra aluno displicente. Não é para os adolescentes do ensino médio que eu escrevo, eles caem aqui por acaso, porque meu blog é bem ranqueado no google. Eu escrevo para um público adulto e interessado em cultura pop, literatura, cinema e questões do cotidiano. Escrevo para um público capaz de respeitar o espaço dos outros. Eu não maltratei nenhum adolescente bacana que entrou aqui para participar do debate como leitor educado, mesmo quando esse leitor discordou de mim. Eu dei minha opinião e li a dele, isso é respeito e eu respeito meus bons leitores e fico feliz quando eles gostam de algo que eu faço e aprendo com eles quando discordam de mim e me mostram como pensam, mas claro, com respeito. Agora, não tenho obrigação nenhuma de ser gentil com quem já entra na minha página me exigindo que dê as respostas dos seus trabalhos escolares! Isso é tão absurdo que sequer deveria estar sendo discutido. Eu respeito sua opinião de não gostar da minha forma de lidar com os leitores abusados, é seu direito discordar e o mundo é feito de diversidade. Quanto ao “público juvenil que deve estar no máximo no ensino médio”, isso não é desculpa para esses garotos e garotas plagiarem conteúdo alheio. É preciso aprender que plágio é errado desde novos, porque se num blog gratuito da internet, esses garotos que vão crescer e se tornar adultos um dia, acham que vão ser “espertos” e ficar impunes. Na vida real não é assim, no vestibular não é assim, no Enem não é assim, no mercado de trabalho muito menos. Além disso, copiar e não citar a fonte é um ato de desonestidade e se alguém na adolescência já age assim, tenho pena do tipo de adulto que essa pessoa vai ser. Para encerrar essa discussão, recomendo que você não leia mais o meu blog, simples assim! Quem gosta fica, quem não gosta não lê. Vai te poupar estresse se você simplesmente não ler a pagina. Faz mal para a saúde do corpo e do espírito ficar comprando brigas que não são suas, com gente desconhecida, na internet. Combinamos assim, você busca outros sites e blogues de gente que considere dóceis, e eu escrevo para quem quiser ler e respondo os educados de forma educada e aos mal-educados da forma que eu quiser. Abraços

  5. Eu também gostei do livro e do filme é muito emocionante mesmo e muito forte até.Sua resenha do filme é ótima, mas os seus tratamentos com quem te admira É PÉSSIMO! :( EU esperava que você (Andreia Santana)fosse dócil,mas pelo visto me enganei!Que decepção!

    • Oi Vicky,
      Acho que você está confundindo doçura e educação, com docilidade no sentido de submissão. E submissa, realmente, eu não sou. As únicas pessoas que receberam respostas duras no meu blog foram aquelas que me pediram para fazer seus deveres de casa ou as que declararam que iriam plagiar meu conteúdo, ou ainda aquelas que ao comentar foram grosseiras e não respeitaram minha opinião enquanto autora do blog, algo que para mim equivale a visitar a casa de alguém e maltratar o anfitrião! (dono da casa). Outras pessoas que foram bacanas comigo, mesmo quando discordavam das minhas opiniões, foram tratadas com respeito. Além disso, não sou uma pessoa famosa, sou apenas alguém comum que por trabalhar com comunicação, tem facilidade para escrever e que por gostar de ler e de escrever, mantém um blog. Talvez também você interprete como falta de docilidade o fato de eu gostar de debater temas polêmicas e usar argumentações que muitas vezes desconstroem os argumentos dos outros. Mas da mesma forma que eu emito minhas opiniões (afinal é preciso exercitar a capacidade de pensar) também espero aprender muito com pessoas inteligentes e capazes de sustentar um debate forte, porém respeitoso, comigo. Quanto ao elogio à resenha, agradeço muito. Assim como agradeço sua visita. Abraços!

  6. Oi Andreia,gostei muito do texto.Ganhei o livro no meu aniversário que foi ontem que fiz treze anos. Eu li em cinco horas esse livro.Realmente,o holocausto foi uma êpoca de grande escuridão humana e me pergunto quão dificil foi esse período.Você fez uma excelente resenha. Obrigada por preencher o coração de uma criança
    O

    • Ah época é acento agudo e a frase termina assim “Obrigada por preencher o coração de uma criança com literatura e histórias fantásticas que cercam nosso planeta. Sou louca por livros,chego a ler um por dia.Meu sonho é escrever um livro de aventura com gênero policial.Quem sabe,né? A criatividade sempre está aqui. Boa noite. Ass: Mary, a revolucionária.(Vou

  7. li o livro.ate entao nao comhecia a historia.Mas mim emprecionei do começo ao fim..simplesmente esse e o melhor livro que ja lie..espero assistir esse filme logo.Andreia santana.queria lhe dizer4 que sou seu fã..vc e demais..adorei seus comentarios,seus ponto de vista,e suas opinioes,…

  8. Andreia, interessante a sua capacidade de expressão. Cada resposta demonstra que está a altura para ser colunista em qualquer jornal de grande circulação no país. A sua habilidade é aplaudida de pé, por mim. Parabéns!!!

  9. Quanto estudante que escreve errado ainda falando em copiar,que pena estamos assassinando a língua portuguesa!

  10. Adorei a resenha, parabéns. Acho o filme bastante inferior ao livro. Falta de detalhes que deveriam constar no filme e atores pífios deixaram um pouco a desejar. Li o livro antes de assistir ao filme e foi um tanto frustrante, esperava mais empenho na adaptação, ainda assim acho válido assistir, porém recomendo muuuuuito o livro.

  11. Pingback: Nazismo – O Menino do Pijama Listrado | Entre séculos

  12. Gostei muito do filme, retrata vários detalhes importantes daquela época, a Alemanha era uma verdadeira panela de pressão, onde todos estavam sob uma pressão absurda, civis e militares, maior pressão sobre aqueles que não eram da “raça pura” ou eram judeus. Foi um período em que o inferno saltou como uma erupção sobre a Terra. Olhamos para trás com terror, mas creio que esta trajédia pode se repetir ainda hoje, tanto em pequenas proporções quanto em proporções maiores do que esta. A receita vai apenas 3 ingredientes: 1- uma crise violenta, 2- o povo sob pressão e 3- um louco no governo da nação.

  13. Putz, Andreia, fiquei impressionado. Você tem um poder de sintetizar e expressar, em poucas palavras, com clareza, a história de livro tão marcante. Parabéns pela sua habilidade!

  14. Assisti o filme hj de manhã na escola, e ainda estou arrepiada! Eu já me interessava em saber mais desse período tão dolorosa para a humanidade, que foi o Nazismo. Adorei suas palavras, não preciso fazer trabalho sobre o filme, mais vou fazer um rascunho expressando minha opinião, quero lembrar pra sempre dessa experiência nova que foi “ir” até essa época. Amei aqui. BJuh

  15. Assisti esse filme na escola e simplesmente amei, estou fazendo um resumo e mais tarde irei postar, pretendo ler o livro o mais logo possível pois os livros sempre trazem algo a mais sobre a história

  16. andreia como posso axar o resumo do filme daki para amanha para imprimeir

    • A única forma que eu conheço de se conseguir um resumo de um livro, Kamila, é lendo a obra e escrevendo o resumo. Imprimir da internet vai significar que você ou vai imprimir o resumo feito por outra pessoa ou imprimirá uma sinopse feita pela editora que publicou o livro no Brasil. Nos dois casos, trata-se de copiar o conteúdo dos outros. O livro é pequenininho, num instante você lê e resume. Abraços

    • Oi Paulo, meu blog é sobre cinema e literatura, não é um site de pesquisa escolar. Sou jornalista e não professora. Recomendo que você pesquise em sites especializados em História para encontrar as respostas de que precisa para o seu trabalho. Abraços

      • E jornalista não precisa se embasar em fatos históricos pra sustentar suas notícias, reportagens e demais trabalhos?

      • Precisa, lógico! E se você leu com atenção tanto a resenha que fiz do livro, quanto o comentário sobre o filme vai ver que está recheado de fatos históricos, análises e contextos. Quanto a isso não tenho problema nenhum. O que eu não gosto é de receber recados no meu blog pessoal, de alguém que eu sequer conheço, me pedindo para fazer seu dever de casa e ainda dando pressa, porque o prazo está apertado. Bem-vindo ao mundo adulto, prazos fazem parte da vida. Você é o estudante e não eu. No meu blog, escrevo o que eu quiser, com o grau de profundidade e embasamento que eu achar que o assunto merece. E quanto a você ou qualquer outro estudante que o Google tenha feito vir parar aqui no blog, ao invés de buscar respostas prontas usando o talento ou o trabalho de pesquisa de outra pessoa, trate de ler mais sobre os temas propostos por seus professores e buscar por conta própria os embasamentos e contextos históricos e sociais para aos seus trabalhos escolares. Plágio, além de imoral e anti-ético, é crime! Abraços

      • Olá Andreia, cheguei aqui por acaso, mas não posso deixar de te parabenizar pela resposta acima. Como profissional de saúde (sou dentista – http://www.odontostalgia.wordpress.com) recebo todos os dias pessoas que já consultaram o Dr. Google e vem querendo confrontar as “verdades”. E acredito que os professores devem estar cansados do TeacherGoogle, que sabe e responde tudo. É a evolução/involução das teses compradas. Abraços

  17. o filme e muito legal mais e muito triste mais mesmo assim eu amei porque e muito interesante BJS!

  18. o filme é emocionante pois conta a história de dois amigos diferentes em aparencia mais com a mesma higênuidade.

  19. Andreia parabens por sua resenha … me indicaram esse filme e por falta de tempo ainda não o vi e então fui ver como ele era e cheguei ate aqui e comecei a ler e não parei mais , apesar agora de saber tudo que se passa no filme quero ler o livro e ver o filme tambem… Obrigado por vc me mostrar um pouco mais desta historia fascinante.

  20. Hai eu tava morendo de vontade de desabafar sobre o filme …rsrsrs quando eu asisti o filme pela primeira vez em casa não intendi muita coisa mas quando minha prof de história falou um pouco sobre o nazismo e mostrou o filme novamente para a sala toda eu vi o filme com outro olhar com um olhar de revolta porque eu não comsiguia enten der como uma pessoa podia ser tão asim ea pior parte foi quando ela disse que o filme era baseado em fatos reais eu não me comformava e áté hoje não me comformo que mesmo depois de acabar o nazismo muitas pessoas ultilizão o simbulo nazista para colocar em varias coisas como logotipos … será que essas pesoas ainda não siligarão quem foi adolf hitler …………

    eu acho que vc não deve nen ter entendido metade do que eu escrevi mas meu sentimento é de revolta total

    • O filme é realmente fabuloso, revoltante, mas não podemos colocar a culpa do holocausto apenas em cima de Hitler, não que eu esteja o defendendo, mas a o antissemitismo foi algo presente na Alemanha, por longos anos, as pessoas sabiam o que estavam acontecendo. Hitler chegou ao poder pela primeira vez de forma legítima, responsabilizar apenas sua figura é um erro, claro que um erro que foi muito reproduzido na história mas que precisamos mudar isso. O preconceito hoje, mata muitas pessoas, precisamos refletir mais sobre isso e principalmente tantar mudar isso para que outros holocautos não aconteçam

      • De fato, Eloiza, o antisemitismo existe desde a antiguidade e uma parte do povo alemão sabia o que estava acontecendo sim, mas tampouco podemos responsabilizar todos os alemães pelos horrores do nazi-fascismo, pois muitos não tinham ideia da profundidade do problema, sobretudo os alemães pobres e pouco instruídos. A Europa, até os anos 50, tinha um contingente de pobres e analfabetos enorme, muitos trabalhadores rurais também, que ficavam à margem das decisões e informações que circulavam nos centros de poder dos países. Além disso, o Estado (e não somente o Estado Nazista), em diversos tempos da história, sempre teve meios de manipular a opinião pública. A propaganda nazista foi uma das mais eficientes da história, uma verdadeira máquina de fantasia digna de Hollywood. Por omissão, por ignorancia ou por comodismo, muita gente de bom caráter engoliu a propaganda oficial. Existem diversos contextos para se encarar a II guerra e o holocausto: o das vítimas, e não apenas judeus, mas negros, ciganos, homossexuais, doentes mentais e todas as minorias “imperfeitas” que o regime nazista perseguiu no seu sonho dourado de criar a raça humana ideal, próspera, livre de doenças e etc; o do alto comando do partido e nesse caso o nazismo não diverge tanto assim do stalinismo ou de qualquer outra ditadura; o do povo alemão, das pessoas comuns, que passarem muitos apertos na guerra, perderam seus filhos no fronte e etc; o de Hollywood, porque a industria do cinema bebeu muito – e ainda bebe – na fonte da guerra; o da história contada pela ótica dos vencedores da guerra (EUA e cia) ou o da história contada pela ótica dos perdedores e etc. Meu medo é que, numa tentantiva – muito correta em intenção, mas temerária em resultados – ao tentar “reabilitar” a figura de adolf hitler, contextualizando-o como homem de seu tempo e líder legitimado de seu país quando assumiu o poder pela primeira vez, se acabe mais uma vez marginalizando os judeus e os demais povos que o nazismo perseguiu e se acabe transformando um homem que tentou usar os fins para justificar os meios em herói! algo que definitivamente, hitler não foi no contexto mundial, embora em seu país ele tenha até sido soldado condecorado e respeitado e por isso gozava de carisma e prestígio entre seu povo. É preciso, lógico, enxergá-lo para além da figura do baixinho histriônico dos filmes de Hollywood, da mesma forma que é preciso enxergar napoleão bonaparte para além da caricatura de um louco de asilo, mas daí a transformar hitler em figura heróica ou dizer que ele é injustiçado pela história vai uma diferença perigosa. Como você mesma disse, o preconceito já matou e mata muita gente ainda no mundo, infelizmente; mas há que se manter o senso crítico na hora de julgar todos os fatores, causas e consequencias dos atos praticados durante a II Guerra ou dos atos de um homem como hitler. Abraços e obrigada por comentar no meu blog.

  21. amei ese filme e mt triste mais ao mesmo tempo mt lindo minha prof passou este filme para nos assistirmos em sala de aula e mt emocionante lindoooo!!!!!!!!

  22. Nossa amei muito esse filme é muito triste mais mesmo assim valeu a pena ter assistido !!

  23. assisti na escola esse filme e adorei agora quero ler o livro ja to ate fazendo um trabalho desse filme parabens a todos

  24. Acho que minha escola é a unica que não passou o filme ): Queria tanto que todo mundo da sala assistisse para eu ter com quem comentar rs E cairia bem já que acabamos de estudar a Segunda Guerra (tenho 14 anos). Li o livro duas vezes também. Chorei um pouquinho no livro, e fiquei bastante chocada. No filme chorei rios, acho que ver com os próprios olhos a inocência dos dois foi mais triste ainda do que somente imaginar enquanto lia. Enfim, a melhor resenha que eu li :)

  25. muito daora esse filme meu irmão tem assisti junto com ele quase morri de tanto dar risada ‘kkkkk’ *__*

    • nossa esse minha filha não e para rir e sim para chorar, queria ver se vc ia gostar se alguem prendesse vc e a sua familia num campo de concentração se vc ia rir tanto asim ta sua nojenta!

    • Risada? Risada? Sério mesmo? Parece que você nem viu o filme então, porque dar risada o filme inteiro é demais, ou você é uma pessoa muito pouco sentimental e que leva tudo na brincadeira.

    • Uma pena que você precise copiar, Bruna. Caso se esforçasse um pouquinho, faria uma resenha até melhor. Mas agradeço você citar a fonte :) Até porque, você deve saber que os programas de computador que flagram plágio na internet estão cada vez mais sofisticados e os professores, cada vez mais espertos. Bjocas

      • gostei do que vc falou para bruna ela tem a capacidade de fazer uma resenha sozinha não precissa de copiar uma resenha de outra pessoa se ela tem a capacidade de fazer uma sozinha

  26. Triste e ao mesmo tempo belo. Comovente, mas nem um pouco piegas.
    Por que nem um “pouco piegas”?
    Pode explicar?

    • Porque a pieguice, Toni, é o exagero dos sentimentos, é o sentimentalismo barato e medíocre, é algo dito, feito ou escrito com o objetivo premeditado de comover de forma vazia e superficial. No caso deste livro, a história comove por sua força própria, pelo texto sensível e simples do autor, pela beleza triste e trágica da história e não porque o autor utiliza recursos linguisticos para comover o leitor superficialmente e provocar emoções que ao virar de uma página se desvanecem. De qualquer forma, essa é a minha interpretação da obra, é assim que leio e compreendo o livro. Interpretação é pessoal e intransferível, cada livro desperta no seu leitor um sentimento e como as pessoas são únicas, suas leituras também são. Abs!

  27. O Filme é simplesmente lindo. O livro é perfeito, seus detalhes, sua narrativa, maravilhoso *-*

  28. Nossa , eu assisti esse filme na sala de aula . Muito lindo
    eu chorei o filme todo ..

  29. nossa assisti esse filme hoje e me emocionei muito achei triste o final
    pra mim o pai de bruno tinha q ter sofrido naum o menino
    mais mesmo assim valeu a pena

    • Eu acho que ele acabou sofrendo sim, pois, querendo ou não ele acabou perdendo a pessoa que mais importava para ele. E digamos que, foi com as próprias mãos que ele fez isso. Não precisou de uma guerra, ou qualquer outra arma. E sim, só a maldade dele.

  30. Adooorei esse filme,achei muito interesant!!
    Ha e parabns a Andreia!!!
    Gostei muito do blog!
    Me ajudou a tirrar uma nota muito boa!E sim eu coloquei seu nome Andreia!!!!!
    Bjsss

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  33. Muito bom mesmo esse filme só é muito triste que pessoas venha morrer pela ignorãncia de pessoas que existe e que um dia existiu como HITLER.

    • Oi Alan, que bom que você gostou e espero que tire um dez, mas por favor, cite a autoria do texto, porque se você tirar esse dez com o meu trabalho será tremendamente injusto, não é?

      • eu nao acho, se vc nao quizesse q essa injustiça fosse feita, nao deveria nem ter postado isso

      • Oi Julianne, claro que é injusto qualquer estudante tirar uma boa nota copiando a resenha de uma jornalista profissional postada na internet! Para merecer uma boa nota é preciso trabalhar e fazer por merecer e não copiar o conteúdo pensado, analisado por outra pessoa. Se a resenha tem ajudado alguns estudantes a fazer seus trabalhos escolares, fico bastante feliz, mas sempre lembro que quem usar o material cite a autoria, porque é a atitude correta e ética. Copiar ou plagiar o trabalho alheio é crime e este blog é protegido por direitos autorais. Se quiser usar meu material sem fins lucrativos, pode, mas cite a minha autoria, do contrário, eu processo :) Também não pretendo nem tirar o blog do ar e nem deixar de publicar os meus textos. Não é o autor que tem de se privar de um espaço como a internet para divulgar seu material, quem tem de ter vergonha ou deixar de fazer alguma coisa é quem copia conteúdo alheio! Bjinhos e obrigada pela visita

  34. Assiti o fiilme na escola dus vezes, uma foi na aula de Portugues e a outra foi na aula de História, agora ela me pediu para fezer uma anelise filmica nao tebho nem noção com é essa coisa vou tentar né?
    Me desejem sorte…
    Amei seu site muito util!!

  35. eu assisti o filme na escola hoje eu vou fazer uma resenha sobre ele…o filme no final é muito triste,mas quando vc começa a assistir quer assistir até acabar,pois é um filme muito legal e interessante,quando eu e meus colegas de sala começamos a assistir todos da minha sala pensou que no final iria ficar tudo bem e todos felizes,mas acabamos tendo uma surpresinha,pois esse nao era igual os outros que agente tinha assistido que no final era tudo feliz!!

    • É porque o filme fala de um período que foi muito triste para a humanidade, Tati, a II Guerra Mundial. Boa sorte com o seu trabalho pra escola! E obrigada por comentar aqui no blog

    • eu tambem assistiee esse filme na escola aii eu tenho q fazer uma resenha do filme…

  36. Aaaa eu tb assisti e é muuuito mais que lindo… Não chorei, mas me arrepiei. E quando eu me arrepio, é pq o filme é muuuito bom… Ou musica… Ou varias outras coisas…

    • Quanta clareza e beleza nas suas palavras, conseguiu ser ainda mais forte e objetiva que o filme…é muito bom compartilhar ideias com pessoas como você!
      O filme realmente nos traz uma poesia indescritível, a pureza da infância contada de um jeito encantador, e a amizade estabelecida pelos meninos nos faz pensar que definitivamente a maldade está nos olhos de quem vê!
      Parabéns
      Abraços
      Regiane Landim

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