Não é fácil tecer versos entre lágrimas sem afogá-los todos em grande tristeza mas o choro e o sal, que limpam a alma esses, funcionam como verdadeira poesia um poema de verdade. Ah, bem cura a dor!
versos
“A espantosa realidade das coisas”
"A espantosa realidade das coisas. É a minha descoberta de todos os dias. Cada coisa é o que é. E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra, e quanto isso me basta." (Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa)
“Toma-me, ó noite eterna…”
Porque tem dias que o cansaço é imenso... Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços E chama-me teu filho... eu sou um rei que voluntariamente abandonei O meu trono de sonhos e cansaços. Minha espada, pesada a braços lassos, Em mãos viris e calmas entreguei; E meu cetro e coroa - eu os deixei Na … Continuar a ler “Toma-me, ó noite eterna…”
“Bilhete” de Quintana em dia de romantismo aflorado
Bilhete Se tu me amas, ama-me baixinho Não o grites de cima dos telhados Deixa em paz os passarinhos Deixa em paz a mim! Se me queres, enfim, tem de ser bem devagarinho, Amada, que a vida é breve, e o amor mais breve ainda... (Mário Quintana)
Mais poesia de Gregório, que define o amor assim…
"O Amor é finalmente um embaraço de pernas uma união de barrigas, um breve tremor de artérias. * Uma confusão de bocas, uma batalha de veias, um reboliço de ancas, quem diz outra coisa, é besta." (Gregório de Mattos, in Poemas Escolhidos de Gregório de Matos, Org. José Miguel Wisnik, pp. 31, Companhia das Letras, … Continuar a ler Mais poesia de Gregório, que define o amor assim…
“Dia do Meio Ambiente”. Vejo da janela…
Quem sabe do tempo é passarinho que nas asas equilibrando o sol voejando de um telhado ao outro em busca da paisagem verdadeira dá com fios imensos, retorcidos os gastos esqueletos de antenas.
Uns versos de Neruda
"Quiero ver la sed adentro de las sílabas: quiero tocar el fuego en el sonido: quiero sentir la oscuridad del grito. Quiero palabras ásperas como piedras vírgenes". (Pablo Neruda, Verbo)
Para não esquecer o “Dia do Palhaço”
Se sou alegre ou sou triste?... Francamente, não o sei. A tristeza em que consiste? Da alegria o que farei? Não sou alegre nem triste. Verdade, não sou o que sou. Sou qualquer alma que existe E sente o que Deus fadou. Afinal, alegre ou triste? Pensar nunca tem bom fim... Minha tristeza consiste Em … Continuar a ler Para não esquecer o “Dia do Palhaço”
Uns versos de Thiago de Mello
Recebi a tarefa de escrever uma pequena resenha sobre uma coletânea de poemas de Thiago de Mello, escritor do Amazonas, pertencente a Geração de 45 e ex-exilado político na época da ditadura. O texto está pronto, mas ainda não foi publicado. Quando for, aviso aqui no blog e reproduzo a resenha para os interessados. Por … Continuar a ler Uns versos de Thiago de Mello
“Virginiando”…
Eu corro, senão "morro" Eu grito, senão engasgo Eu corro e grito. Ataque?! Sim. Vida frenética! Eu surto, em curto-circuito... P.S.: Pode ser TPM também...