Mínimos contos

Maria acordou decidida a abrir mão de várias coisas que lhe pesavam na alma. Também chegou à conclusão de que havia pessoas pelas quais não valia a pena lutar e que, certas ideias, merecem ser defendidas até a morte. Não, Maria não queria morrer. Apesar dos primeiros fios de cabelo branco e das bolsinhas embaixo dos olhos, ela ainda tinha força suficiente para caminhar mais um pouco…

Maria sabia que não era nem um pouco fácil viver neste mundo ingrato, mas fazer o quê? Ela amava a vida com tanta intensidade que às vezes ficava deprimida. Mas as tristezas de Maria eram como chuva de verão, bastava uma delicada variação na luz do dia, um raio amarelo insinuar-se por detrás de uma nesga de nuvem, e ela voltava a acreditar. Não era ingênua, mas humana.

2 pensamentos sobre “Mínimos contos

  1. O que mais me fascina na vida é que a gente aprende vivendo, querendo ou não… Talvez seja uma das poucas circunstâncias em que o aprendizado nos invade sem bater na porta e sem convite, dia-a-dia…
    Alane

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