“Ele puxou uma flecha de sua aljava e girou a ponta afiada como uma navalha de um jeito que a fez brilhar à luz da fogueira.
– Bronze Celestial, Percy. Uma arma imortal. O que aconteceria se você disparasse isso contra um ser humano?
– Nada – disse eu. – Passaria através dele.
– Certo – disse ele. – Os seres humanos não existem no mesmo nível que os imortais. Eles não podem nem mesmo ser feridos com as nossas armas. Mas você, Percy… você é parte deus, parte humano. Vive em ambos os mundos. Pode ser ferido por ambos, e pode influenciar ambos. É isso que os torna heróis tão especiais. Você transporta as esperanças da humanidade para a esfera do eterno. Os monstros nunca morrem. Eles renascem do caos e do barbarismo que sempre fermentam embaixo da civilização, o próprio material que torna Cronos mais forte. Precisam ser derrotados de novo, e de novo, mantidos encurralados. Os heróis personificam essa luta. Você enfrenta as batalhas que a humanidade precisa vencer, a cada geração, a fim de continuar sendo humana. Entende?”
(Rick Riordan, in Percy Jackson e os olimpianos – O mar de monstros. pp 259 e 260, Ed. Intrínseca, 2009, Rio de Janeiro – RJ)