2014 é o ano do centenário da I Guerra Mundial

Soldado no front durante a I Guerra Mundial (1914-18)

Em 28 de junho de 1914, o sérvio Gavrilo Princip matou o arquiduque Francisco Ferdinando, do império Austro-Húngaro. Esse é historicamente considerado o estopim da I Guerra Mundial (ou Grande Guerra), iniciada um mês depois, com a invasão da Áustria-Hungria à Sérvia, e só terminada em 1918, depois da Europa ter sido arrasada.

Em julho de 2014, o início do conflito completa 100 anos e para historiadores como Mary del Priori, também escritora e colunista da revista Aventuras na História (Editora Abril), esse será um dos grandes temas do ano. Estudantes preparem-se, porque os professores vão se ligar no calendário! Grande Mídia, #ficadica da pauta, pois a I Guerra influenciou comportamentos, lutas pelos direitos femininos e até mesmo a moda.

O assassinato do arquiduque por si só não pode ser considerado motivo para a guerra, antes foi um pretexto para que um conflito já ensaiado anteriormente, finalmente tivesse início. As divergências e brigas políticas entre as nações mais poderosas do mundo por conta das práticas imperialista-colonialistas foram os motivos principais do conflito.

Um livro bem didático e que explica o conflito em todos os seus detalhes acaba de ser lançado no Brasil. Anotem aí: A Primeira Guerra Mundial, de Lawrence Sondhass (editora Contexto, 560 páginas, R$ 69,90).

Tem uma resenha muito boa de Mary del Priori sobre esse livro, na edição deste mês (número 126, janeiro de 2014) da revista Aventuras na História.

Também recomendo outras fontes para quem quiser saber mais sobre a guerra:

A Era dos Extremos (Companhia das Letras), o clássico de Eric Hobsbawn. O subtítulo do livro O Breve Século XX: 1914 – 1991, já indica que o autor se debruça sobre as profundas mudanças ocorridas no mundo a partir do começo daquela que os europeus chamam de A Guerra das Guerras, até o fim da União Soviética, atravessando também a II Guerra Mundial (1939-45), Guerra Fria, Corrida Armamentista, Corrida Espacial, etc.

Primeira Guerra Mundial, de H.P. Willmott (editora Nova Fronteira). Esse livro, além do histórico do conflito, traz muitas fotos do período.

Nada de Novo no Front, o romance clássico de Erich Maria Remarque conta a história de Paul Baumer, um jovem alemão que se alista no exército durante a I Guerra, convencido do dever patriótico por professores e pessoas mais velhas. Nas trincheiras, ele só vê horror e “meninos” como ele sendo abatidos como moscas. O livro foi inspirado na própria experiência de Remarque, que lutou na guerra. Li essa obra na adolescência, mas penso seriamente em reler este ano e fazer uma resenha aqui para o blog.

Para quem prefere filmes: Além da adaptação do livro de Remarque, Sem Novidade no Front, de 1930, do diretor Lewis Milestone, indico Adeus às Armas, de Charles Vidor e inspirado em obra de Ernest Hemingway;  Lawrence da Arábia, baseado na biografia de T.E. Lawrence, tenente do exército britânico durante a I Guerra, que ajudou os árabes a se libertarem do domínio turco; e Cavalo de Guerra, de Steven Spielberg, inspirado no livro homônimo infanto-juvenil de Michael Morpurgo. Conta a história de Joey, o cavalo de Albert Narracott, um garoto e filho de um pequeno fazendeiro em Devon, que é requisitado para a cavalaria britânica durante a guerra e levado para a França, onde passa por diversas desventuras e trocas de dono, até ser reencontrado por Albert, que mesmo sem idade para lutar na guerra, parte para o front para salvar o amigo de quatro patas.

*Fonte da imagem: Retronaut.com