Dona Val viajava sentada ao meu lado, na cadeira do corredor, e a amiga com quem batia papo, estava de pé, perto dela. Gosto de ficar observando a vida passar pela janela, mas mantenho as antenas ligadas, captando as conversas alheias. É vício de repórter com mania de escritora. Porque filosofia de *buzu rende crônica, … Continuar a ler No Buzu: Lições de economia de dona Val
diálogo
Diálogo imaginário
porque de vez em quando o adulto e a criança em mim tem dessas "conversas filosóficas". - Acho que já decifrei o mistério do livro! - Assim tão rápido?! Poxa, não tem nem graça ler até o fim... - Mas é aí que está a graça, pequena. Agora, quero chegar ao fim e conferir se … Continuar a ler Diálogo imaginário
O trecho de uma conversa…
- Nasci no outono... - Mas só aqui, porque no Hemisfério Norte você nasceu na primavera. - Mas eu não nasci lá, nasci aqui! - Simples, gira o globo terrestre ao contrário e você terá nascido lá. - Humm, vai ver é por isso as variações de humor... - Não, variação de humor é TPM. … Continuar a ler O trecho de uma conversa…
(Não) Conversão
- Bom dia, como vai? - Bom dia... - Posso deixar uma mensagem para você ler? - Não, obrigada. - Por que você não gosta de ler ou por que não se interessa pela mensagem? - Gosto de ler sim, bastante. Mas não quero a mensagem. - Mas você não acredita no arrependimento, não se … Continuar a ler (Não) Conversão
A época da inocência
"- Mãe, qual o tamanho de um espermatozoide? - ele perguntou. - Minúsculo - respondi. - Mesmo se é um espermatozoide de baleia? - Isso mesmo -respondi, esperando que se eu não desse conversa, Joe fosse escolher outro momento para embarcar naquela discussão. - Não importa o tamanho, o espermatozoide é sempre minúsculo. - Posso … Continuar a ler A época da inocência
Ponto de vista
As duas conversavam em um ônibus, num sábado de manhã cedo. Vinham da feira, carregavam sacolas cheias de legumes, de onde rescendia o cheiro de coentro fresco. Falavam em alto e bom som, dividiam aquele pedaço de história de vida com quem se dispusesse a ouvir. Na verdade, uma delas, a mais velha, discursava. A … Continuar a ler Ponto de vista
“Baianidades”
Final de tarde desta quinta. Enquanto espero a encadernação de um material de pesquisa, numa dessas lojas temdetudoumpouco, que geralmente funcionam dentro de hipermercados, entra um rapaz. O diálogo que segue, literalmente, é coisa que só se vê na Bahia, ou melhor, só se vê em Salvador. Estereótipos à parte, temos nossas "baianidades" inegáveis: Rapaz: … Continuar a ler “Baianidades”
“Inocência”, ou diálogo num ônibus
Da série Fragmentos da Conversa Alheia A menininha devia ter uns quatro anos, no máximo, o que dava para perceber pela dicção e pela lógica simples e clara de raciocínio. Sempre me intriga o fato de perdermos a capacidade de deduzir o mundo com tanta nitidez depois que nos tornamos mais velhos e passamos a … Continuar a ler “Inocência”, ou diálogo num ônibus
“Migrante digital”
Da série, pequenos diálogos de mãe para filho: - Mamãe, quando você era criança já existia computador? - Já, mas não na casa das pessoas. Computadores eram uma realidade distante do cotidiano, só grandes empresas, a Nasa e centros de alta tecnologia tinham computadores e eles eram gigantes, do tamanho de uma sala. - Então … Continuar a ler “Migrante digital”
Tentações perigosas no relacionamento
O ciúme, já foi dito anteriormente, não é prova de amor. Incentivar o ciúme do parceiro (a), mais do que não ser prova de amor, é assinar atestado de burrice. Os jogos de sedução, que apimentam o relacionamento, quebram a monotonia, etc, são bem-vindos, mas a máxima de que vale-tudo entre um casal é falsa … Continuar a ler Tentações perigosas no relacionamento