Conheci o escritor paranaense Antonio Cestaro em 2012, no livro de estreia, Uma porta para um quarto escuro (resenha aqui), pequeno primor de delicadeza que reúne crônicas que falam do cotidiano e da condição humana. Pela mesma editora da época, a Alaúde e Tordesilhas, o autor agora lança Arco de virar réu, seu primeiro romance.
O livro, narrado em primeira pessoa, conta a história de um homem de meia-idade, historiador social apaixonado por antropologia e pelas sociedades indígenas, em especial pelos costumes e rituais dos tupinambás, que tem alguns dramas de família para resolver, como a ausência do pai, a fragilidade emocional da mãe e um irmão mais novo que sofre de esquizofrenia. Por conta da mudança na política de saúde mental do Ministério da Saúde, Pedro, o irmão esquizofrênico, precisa ser retirado do sanatório para retomar o convívio com os parentes. Ele vai viver com a mãe em um sítio, para onde o narrador também se muda após reviravoltas da trama e onde começa a flertar com a loucura.
Sinopse da editora: Narrativa labiríntica escrita em primeira pessoa, ‘Arco de virar réu’ descreve os eventos que marcam a deterioração física e mental do narrador-protagonista. Historiador social com forte inclinação para o estudo antropológico, ele é obcecado pelos rituais e pelos costumes dos índios tupinambás. A história começa com o surgimento dos primeiros sintomas de esquizofrenia em seu irmão, nos anos 1970, segue pela adolescência, quando, inspirado em rituais indígenas, o narrador passa a se dedicar à ocultação de cadáveres, e termina com a dolorosa percepção da própria loucura. Digressões delirantes misturam-se a fragmentos de memória e a pesadelos que, aos poucos, colocam em dúvida a própria existência…
>>Leia um trecho do romance aqui (arquivo em PDF)
Ficha Técnica:
Autor: Antonio Cestaro
Capa: Sérgio Campante
Editora: Alaúde e Tordesilhas
152 páginas
R$ 32,00
*Com informações, sinopse e trecho do romance enviados ao blog pela Tordesilhas