Uma lista curiosíssima publicada na edição 130 da revista Aventuras na História, de maio deste ano, mostra escritores famosos que já deram com a cara, melhor dizendo, com a caneta (teclado do computador ou teclas da Olivetti) na porta das editoras e tiveram obras recusadas, algumas delas verdadeiros clássicos da literatura universal. Destaco para vocês os mais importantes nãos da literatura mundial:
1 – James Joyce – seu primeiro livro Dublinenses foi recusado porque os editores acharam os contos “irlandeses” demais;
2 – J.K.Rowling – Harry Potter e a pedra filosofal foi oferecido no Brasil, em primeira mão, para a Companhia das Letras, que avaliou a obra com tendo um “fraco” potencial.. Ah, se arrependimento matasse!
3 – Marcel Proust – Em busca do tempo perdido recebeu um não sonoro porque, em 1910, os avaliadores acharam a prosa de Proust “cansativa”;
4 – Vladimir Nobokov – Nem todos os editores foram seduzidos por Lolita. Houve quem achasse a história “nauseante”;
5 – George Orwell – A revolução dos bichos foi recusada nos EUA porque segundo os editores do país, “o público norte-americano não estava interessado em uma obra sobre animais”. Oi??!!
6 – William Golding – O senhor das moscas amargou mais de duas dezenas de nãos sob alegação de que a história era uma “absurda e desinteressante fantasia”.
Eu me pergunto se esse povo que avaliou os livros citados realmente sabia ler ou só juntava sílabas. Felizmente, e para a nossa sorte, apareceram vozes dissonantes e esses livros foram publicados e provaram o valor de seus autores.
Alguns dos nossos erros voltam só pra tirar uma com a gente.
Verdade, Mariel, tem erros que já gostam de apontar o dedinho pra nossa consciência culpada. No caso das editoras que recusaram os livros citados, então, o erro de avaliação custou algumas boas cifras…
E risos do outro lado do balcão
Incrivel. O bom é que os escritores não desistiram no “não” e continuaram atrás de editoras…. (a justificativa para não publicar o livro de Orwel nos EUA é realmente hilária)
Pois é, Bruno. Achei essa resposta inacreditável, mas tenho a impressão de que foi a resposta “oficial” e desconfio que a não oficial tem relação com o caráter “subversivo” do livro. Os norte-americanos sempre foram exímios caçadores de bruxas :(
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