As tias do lanche merecem ser tombadas como patrimônio imemorial das redações. Nossa Senhora da Hora da Merenda perdoe as jornalistas acima do peso, mas não tem essa que não se renda e mande a dieta às favas, diante de tantas delícias acondicionadas com esmero em vasilhames plásticos, assadeiras e sacolas térmicas. O cheiro das guloseimas anuncia e um amigo solícito sempre grita o óbvio que o nariz de meia redação já percebeu: ‘A tia do lanche chegou!’.
A primeira tia do lanche é mais inesquecível que o sutiã valisére. Conheci a minha no primeiro estágio em jornalismo, lá pelo quarto semestre do curso de comunicação. Ela chegava pontualmente às 17h, na hora do chá, embora eu acompanhasse os acepipes da sua cestinha mágica (e ela realmente usava uma cesta de pequenique para arrumar bolos, quibes, sonhos e pastéis de forno) com suco de umbu geladinho….(leia o texto completo)
(O trecho acima é de uma crônica que escrevi para a coluna Vida de Gordo, assinada pelo jornalista Otto Freitas, no site Bahia Já. É a segunda colaboração que faço para a coluna, a convite de Otto, que além de um grande amigo, foi um dos chefes/professores, com quem aprendi muito no início da carreira de repórter)
*A ilustração é do blog Mulherzinha sem frescura