Juliana fez novena para Santa Edwiges, São Judas Tadeu, Nossa Senhora Desatadora dos Nós, Santa Terezinha, Santa Luzia, Menino Jesus de Praga, São Jorge e… Santo Antonio, ufa! Pediu à corte celeste que a ajudasse a encontrar um grande amor. Foi dormir consciente de ter feito a sua parte, na penitência que é a herança cristã.
No meio da noite, acordou sobressaltada. Havia sonhado com um príncipe-sapo. Era da altura de um homem, mas as mãos e os pés estavam ligados por membranas de anfíbio, a boca enorme e rasgada como a dos sapos, olhos enormes, amarelos e esbugalhados, a pele fria, verrugosa e visguenta. No sonho, o príncipe-sapo dizia-lhe: “você chamou por mim, eu vim”. E Juliana gritava, no despero de quem pesadela: “não foi você quem eu pedi! Não foi você que chamei”…
Na manhã seguinte, pegou todas as gravuras dos santinhos, que guardava dentro de um livro, e queimou nas brasas do fogão. “Para vocês aprenderem a trabalhar direito”…
Nunca mais rezou. Para encontrar sapos, não carece de fazer calos nos joelhos…
Oi, Andreia! Divirto-me com estes seus contos. abs
Obrigada, Fernando! Também gosto muito do seu blog :) Bjos