Like, not like

Fiz uma contagem por pura vaidade e descobri que 160 pessoas gostaram e 58 não gostaram das resenhas que já publiquei no Skoob (a rede social de leitores que frequento). São as mesmas, em grande parte, que estão aqui no blog, e outras que migraram da Shelfari, a primeira rede que participei, mas que troquei pelo Skoob, um amante muito mais atencioso com as traças de biblioteca compulsivas.

Provavelmente, devo ser o terror dos caça “spoiler”, mas fiquei feliz em não ser unanimidade. Gosto que as pessoas contrariem minha arrogância típica de ariana (a nativa do signo do zodíaco. Nenhuma referência ao nazismo, por favor!). É muito difícil uma menina suburbana, que tinha tudo para ter virado uma dona de casa genérica (com todo o carinho e respeito que tenho pelas donas de casa genéricas), mas que escapou de um destino lugar comum graças a uma mãe que comprou tantos livros quantos o seu salário magro permitiu e que por isso leu umas coisinhas, ouviu outras tantas histórias contadas com direito a sombras na parede em noites de falta de luz elétrica, que por caprichos do destino tinha um avô poeta, e – cereja do bolo para quem vem de família pobre -, tem um “diproma”, não ser arrogante em um certo sentido. A arrogância aí, é bem menos por pseudo intelectualismo – tão comum nos dias de hoje, como diz uma amiga blogueira -, do que por necessidade de abrir caminho, “natoralmente”, nesse mundo segregado para peles escuras e peles claras pobres, como bem disse Caetano.

Os not likes da vida me fazem evoluir e me motivam a continuar. Não é fácil fazer os outros aceitarem a opinião de outra pessoa sobre uma coisa tão subjetiva quanto uma leitura, mas resenhar sem interpretar está acima das minhas capacidades. Me comovo com quem lê meus textos e deixa um comentário elogiando, concordando e incentivando. Adoro quando o leitor também tece suas próprias teorias e com isso me ensina um montão de coisas que eu não sei, porque ninguém sabe tudo, por mais livros que tenha lido. E eu nem li metade dos que pretendo ler até morrer, que a luz dos meus olhos jamais me abandone!

Mas também não me furto ao debate, às vezes acirrado, com os críticos mais severos dos meus escritos. E respeito suas opiniões, desde que emitidas também com respeito. E assim vou vivendo, de leitura em leitura, de gostares e não gostares, alternando um certo nariz arrebitado com um exercício diário de humildade. A perfeição, como dizia um ex-chefe meu, é a meta. Mas a unanimidade, não!

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