No fim de semana cabe tudo: plantão, sessão matinée e a leitura de contos de Cortázar.
Wolverine é um bom entretenimento. Mytreusis, que está na idade da aventura, se divertiu, embora em se tratando de sagas mutantes, ele goste mesmo é do primeiro filme da série X-Men. Reação boa de observar nele foi quando assistimos Homem de Ferro, em 2007. Tony Stark e suas parafernálias hi tech falaram mais verdadeiramente ao coração do futuro cientista. Um garoto da idade dele disse uma coisa engraçada durante a sessão de Wolverine: “oxe, ele corta todo mundo pra cima e pra baixo e não sai sangue!”. Ao que o pai do garoto respondeu, sensatamente: “No cinema não sai sangue. Na vida real, já tem sangue demais”.
Todos os fogos o fogo – livro de contos do argentino Julio Cortázar, reúne oito pequenas histórias da condição humana. Li os dois primeiros contos até agora. A autoestrada do sul é ambientado em um engarrafamento monstruoso, que dura mais de uma semana, em algum lugar perto de Paris. Congelados no meio do nada, os ocupantes de diversos veículos se unem para vencer as adversidades, mas não deixam de mostrar a mesquinhez da alma humana. Me lembrou Ensaio sobre a Cegueira, de Saramago, só que bem menos trágico. Em situações limite revela-se a natureza humana na sua essência e no que ela tem de melhor e de pior. Já A saúde dos doentes é um drama familiar. Para esconder a morte do primogênito da mãe doente, uma família encena uma comédia de erros em que não faltam cartas falsas e outras artimanhas como alterar as notícias dos jornais.
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