Carta do príncipe Rajá aos pais
“Queridos papai e mamãe,
Não se preocupem comigo. Deixo a Cidade de Ouro e Prata só por alguns dias para conhecer o mundo aqui fora e para aprender sobre seus perigos e ciladas. Como vocês dois esperam que eu seja um bom e justo rei, se tudo o que eu vejo ao meu redor é beleza e bondade? Como vou saber identificar alguém cruel se eu não conheço ninguém para comparar?
Sei que vocês dois me amam muito e se preocupam com a minha segurança, mas eu prometo que nada de ruim vai me acontecer. Trouxe a jibóia Hamida comigo. Ela é dorminhoca, mas também é muito forte. Tio Islamal me ensinou alguns truques de hipnotismo e outras magias muito úteis em caso de perigo. Infelizmente, vocês não viram o quanto eu aprendi, porque a poção do sono que tio Islamal me ensinou a fazer ficou forte demais e ele disse que vocês só devem acordar daqui há duas semanas.
Não fiquem zangados porque eu saí antes de vocês acordarem. Não estou saindo escondido, se estivesse, não deixava essa carta. E além disso, tio Islamal prometeu que vai explicar tudo para vocês. Sinto-me culpado em ter achado que ele era uma pessoa ruim. Os dias que passei com ele foram muito instrutivos e ele não fez nenhuma maldade. Acho que as pessoas têm medo dele porque é meio tímido.
Pretendo começar minha viagem indo até a casa da feiticeira da floresta do sem fim. Já ouvi falar muito das maravilhas que ela é capaz de fazer e soube até que tem uma poção poderosa que cura qualquer ferimento e transforma pedra em comida! Qualquer comida que a pessoa quiser comer. Uma poção assim deve ser útil na nossa cidade, embora nunca tenhamos enfrentado guerras ou fome.
Vou aprender tudo o que puder nessa viagem e trazer todas as lições novas para ensinar aos moradores da nossa cidade-palácio. Quando vocês virem as coisas boas que pretendo trazer vão ficar menos aborrecidos com a minha fuga. Se bem que não é uma fuga, é só uma escapada rapidinha e em duas semanas, quando vocês acordarem, vou levar o café da manhã e terei muitas histórias para contar.
Com amor,
do seu filho Rajá”…
Continua no próximo post
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Leia o começo da história:
>>Capítulo I: A cidade de ouro e prata
>>Capítulo II: A vida doce dentro das muralhas
>>Capítulo III: Uma gaiola dourada e um passarinho triste
>>Capítulo IV: O sinistro mago Islamal
>>Capítulo V: O pedido de Rajá
>>Capítulo VI: O plano de Islamal
>>Capítulo VII: Aprendiz de hipnotizador
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o pior Beto é que tem gente que ainda acha que efeito estufa é mito!!
Pois é, Andreia. Quando alguém até pouco tempo falava dos perigos desta cultura consumista e egoista, era tachado de apocalíptico,desqualificado e ridicularizado como sempre acontece com todos os que ousam desafinar o “coro dos contentes”. Continuam não dando bolas para resolver os problemas de emissão de poluentes na atmosfera. O consumo de carros individuais cada vez mais ganha adeptoe e incentivos, inclusive estatal.Ainda bem que a natureza não faz distinção de classes sociais.